De celular modular a avanços na realidade virtual: Veja legados de feira
A Mobile World Congress 2016 –a maior feira de telefonia móvel do mundo, realizada de 22 a 25 de fevereiro, em Barcelona (Espanha), deixou alguns legados para o setor e apontou algumas tendências para o futuro, que vão do vislumbre do que poderão ser os celulares modulares até os avanços da realidade virtual. Veja:
Mais celulares dos mesmos
Como de costume, a Mobile World Congress 2016 foi palco do lançamento de diversos smartphones. Ainda assim as fabricantes pouco (ou quase nada) apresentaram inovações. A Samsung trouxe os S7 e S7 edge, com melhorias nas câmeras e com tela que nunca apaga. Já a Sony reservou para o evento a linha Xperia XA, com três aparelhos que vão do intermediário ao high-end. A gigante chinesa Xiaomi apresentou o novo dispositivo topo de linha, o Mi 5, que ganhou destaque pela tecnologia de carregamento rápido. Teve ainda aparelho embutido com câmera térmica. Mas a grande revelação ficou por conta do LG G5, que adotou o conceito modular para alinhar um design mais sofisticado “com corpo metálico” à possibilidade de uma bateria removível, além de dar mais versatilidade ao dispositivo que pode se transformar em uma câmera que grava em 360º ou até em uma caixa de som.
Tecnologia 5G se sobressai às deficiências da 4G
A quinta geração de internet móvel, que promete ser dez vezes mais rápida do que a rede 4G, foi o grande centro das atenções do MWC 2016, apesar de a tecnologia estar longe de chegar ao mercado (2020). O Brasil e a União europeia chegaram até a assinar um acordo de cooperação para desenvolver a próxima geração de redes de comunicação. As discussões, no entanto, ignoraram as milhões de pessoas mundo afora que ainda têm pouco ou nenhum acesso à internet, bem como as atuais deficiências da internet móvel.
Realidade virtual e o futuro
O setor da telefonia móvel tem apostado fortemente na realidade virtual como uma tendência para o futuro. Isso ficou mais que provado na MWC 2016. Mark Zuckerberg, diretor-executivo e fundador do Facebook, chegou a dizer que a tecnologia seria a “plataforma mais social de todas”. A LG, que também aposta nesse conceito, apresentou uma diferente opção. Apesar de depender do smartphone para reprodução do conteúdo, o LG 360 VR é muito mais leve e discreto que os concorrentes. Isso porque o aparelho não é encaixado dentro dos óculos, mas conectado a ele pelo USB-C. O evento também anunciou a possível chegada do HTC Vive ao mercado, prevista para abril a um preço um tanto salgado US$ 799 (cerca de R$ 3.191) –ainda mais caro do que o Oculus Rift (US$ 599 ? R$ 2.392).
Tablets próximos da extinção?
Os tablets parecem ter perdido ainda mais espaço na MWC 2016, uma tendência já das edições anteriores, mas que ganha ainda mais peso. Uma das únicas a apostar no dispositivo foi a Huawei, que lançou MateBook –bem parecido com o Microsoft Surface, mas com alguns detalhes que o tornam único. Tem uma tela de 12 polegadas (2560 x 1400 pixels) com um teclado removível, mas a relação tela-corpo do aparelho é de 84%, o que significa que o dispositivo é mais fino que os laptops conversíveis convencionais, apesar de ter a mesma tela grande.
Acessórios como a grande aposta
De câmeras robóticas controladas remotamente a relógios inteligentes com sonar para localizar peixes, as fabricantes de smartphones lançaram novos acessórios, numa aposta para incentivar vendas para seus dispositivos e se diferenciar em um mercado superlotado. A LG, por exemplo, lançou módulos para o celular G5, seu carro-chefe, permitindo que usuários adicionem acessórios para conseguir melhor áudio ou imagens. A empresa também revelou uma nova câmera robótica de realidade virtual que gira como uma bola enquanto captura imagens e vídeos. No evento, outras fabricantes incluindo Samsung, Sony e ZTE também lançaram aparelhos para fazer conjunto com seus telefones, variando desde câmeras 360 graus até um acessório para usar na orelha que sussurra notificações aos usuários.
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