O que é a lei de Moore e porque ela é importante para a tecnologia

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Já parou para pensar como antigamente os computadores eram muito maiores e ineficientes? Que hoje o seu celular provavelmente é muito mais potente que um computador que, há 40 anos, ocupava uma sala toda? Pois é. A chamada Lei de Moore explica o fenômeno.

Em 1965, Gordon Moore, co-fundador da Intel, publicou um artigo na revista Electronic Magazine, defendendo que o número de transistores em um processador dobraria a cada dois anos, mas mantendo o custo. Mais tarde, a ideia foi revista e o período caiu para 18 meses.

Em suma: a cada ano, um processador teria o dobro de potência pelo mesmo preço e com redução de tamanho. Essa evolução, que dobra de tempos em tempos, é conhecida como crescimento exponencial. Ela não só garante que a tecnologia continue avançando, mas que ela evolua cada vez mais rápido. Se você dobrar a capacidade de um processador 22 vezes, por exemplo, terá outro 4 milhões de vezes melhor.

Por mais de 50 anos, a Lei de Moore foi praticamente cumprida. Fabricantes como Intel e AMD conseguiram quase sempre alcançar a meta. Por isso, os computadores, calculadoras, celulares e tantos outros dispositivos eletrônicos conseguiram fazer cada vez mais com menos espaço.

A superação da Lei de Moore

 

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Desde o início, Gordon Moore reconheceu que a lei não resistiria para sempre. Ele mesmo não esperava que pudesse durar 50 anos. Já em 2005, em entrevista, o engenheiro alertava que, em algum momento, chegaríamos nos limites físicos e atômicos dos componentes eletrônicos.

Nos últimos anos, diversos analistas passaram a declarar a morte do conceito. É verdade que as empresas reduziram a velocidade da evolução, mas não que pararam. Segundo a revista Economist, as empresas estão tentando driblar esse gargalo. A Intel, por exemplo, foca um ano em aumentar a capacidade, e no outro em reduzir o tamanho.

O fato é que a tecnologia tem uma série de preocupações muito além de simplesmente dobrar e redobrar a capacidade de processamento de um chip. De qualquer jeito, há um limite real para a evolução. Logo, a pergunta que se faz é:

O que vem depois da Lei de Moore?

A Economist aponta alguns caminhos. Um deles é computação quântica, que funciona em um sistema completamente diferente do que conhecemos hoje, e que é capaz de fazer cálculos e processamentos muito mais rapidamente.

Outra possibilidade, segundo a revista, é simular cérebros biológicos, que funcionam muito bem e usando pouca energia. Uma terceira opção ainda seria dispersar o poder computacional em vez de concentrá-lo — algo que aconteceria na Internet das Coisas, onde não há um computador central controlando tudo.

Outros caminhos provavelmente aparecerão. O importante é que a Lei de Moore conseguiu mostrar que a tecnologia tende a avançar cada vez mais rápido. Por isso, os limites são, também, cada vez mais relativos. Em um mundo onde os potenciais tecnológicos são desbravados numa velocidade crescente, as possibilidades de desenvolvimento e invenções são quase infinitas. É só ir lá e fazer.

Artigo da Free the Essence

Prof. José Carlos

Professor e coordenador de cursos de tecnologia em eletrônica, criador e administrador do Site Canal da Eletrônica. Engenheiro com formação em eletrônica com mais de 30 anos de experiência dedicados em capacitar profissionais para atuar no mercado de trabalho.

Website: https://www.canaldaeletronica.com.br

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